Meu cãozinho pode pegar ou transmitir coronavírus?

Com a pandemia, é normal que tenhamos muitas dúvidas sobre qual é a melhor forma de protegermos os nossos amados doguinhos.

Temos observado por ai, muitas notícias aleatórias e várias delas sem as devidas fontes oficiais. Por isso, juntamos tudo para você nesse textinho e vamos compartilhar as informações oficiais sobre os temas de maior destaque.

Aqui, você vai encontrar as informações oficiais para ter certeza que está recebendo a informação correta!

Vamos lá! Relaxe e tenha uma boa leitura.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) comunicou que “Não há evidências de que os pets possam transmitir a doença ao ser humano e desempenhar um papel na disseminação do COVID-19.”

Da mesma forma, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) reforçou esta conclusão ao se manifestar informando que “A propagação atual do COVID-19 é resultado da transmissão de humano para humano. Até o momento, não há evidências de que os animais de companhia tenham um papel significativo na disseminação da doença. Portanto, não há justificativa para tomar medidas contra animais de companhia que possam comprometer seu bem-estar.”

Contudo, como sabemos, o vírus expelido por uma pessoa infectada pode repousar em diversos tipos de superfícies, como um corrimão, uma camisa, uma mesa, no chão ou até mesmo na sua pele e lá permanecer por um certo tempo. A Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) tem conhecimento de estudos que apontam que algumas espécies de coronavírus (dentre elas, possivelmente também o SARS-CoV-2, o coronavírus que desencadeia a doença hoje conhecida como COVID-19) podem persistir nas superfícies por algumas horas ou até vários dias, a variar de diferentes condições, por exemplo, tipo de superfície, temperatura ou umidade do ambiente.

Considerando isso, por sabermos que o vírus pode permanecer em superfícies diversas, caso seja expelido na pelagem de um cão, ele lá pode permanecer durante certo tempo, o que faz que com que tenhamos que ter muita atenção com a higiene do seu cãozinho.

Por isso, podemos concluir que, caso você ou seu animal sejam expostos os ao vírus durante um passeio, os dois podem carregar o vírus para dentro de casa. É por isso que sempre temos que dobrar os cuidados com a higiene nesse período de pandemia, sendo recomendável a higienização do seu pet, no mínimo, das patinhas, depois de cada passeio.

E para minimizar ainda mais as chances de contato, recomendamos que os passeios sejam feitos em locais que não sejam de grande circulação de pessoas e é claro, que não estejam com aglomerações ou tenham recebido recentemente grande volume de pessoas com seus cães.

É extremamente improvável.

Contudo, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) registrou em Hong Kong 4 casos oficiais de contaminação em cães pelo SARS-CoV-2. Os relatórios oficiais sobre os casos podem ser acessados aqui, aqui e aqui.

Em todos os casos, os tutores estavam contaminados e as autoridades locais testaram os animais apenas para fins de estudo, pois nenhum deles apresentou sintomas ou qualquer sinal de saúde digno de atenção.

Também segundo a OIE, não há qualquer sinal de manifestação clínica dos sintomas da doença em cães, e também não há no mundo nenhum registro oficial de morte direta ou indiretamente ligada à doença. Da mesma forma, não há nenhum registro oficial de contaminação do vírus entre os cães.

Como vimos acima, as autoridades internacionais ainda não têm total certeza quanto a possível transmissão do coronavírus de cães para humanos ou outros cães, contudo, tudo o que já foi estudado e apurado até hoje nos indica que não há nada com o que devemos nos preocupar em relação aos nossos queridos doguinhos. São raríssimos os casos da presença do vírus no organismo de cães e mesmo nesses raros casos, jamais foi registrado oficialmente qualquer tipo de sintoma ou outra manifestação maléfica da doença nestes poucos animais infectados.

É isso ai pessoal! Informação importante mesmo é a informação confirmada, validada e oficial. Não vamos nos confundir com essa chuva de notícias que às vezes nos assustam à toa.